Lei marca reestruturação do sistema de impostos, discutida há décadas
Área do Cliente
Notícia
Fiesp defende alíquota fixa de 4% do ICMS entre os estados
Essa alternativa é defendida pelo presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf.
A base aliada do governo no Congresso Nacional poderá utilizar uma proposta de resolução do Senado, apresentada pelo líder governista na Casa, senador Romero Jucá (PMDB-RR), para acabar com a concessão de incentivos fiscais por estados a produtos importados. Essa alternativa é defendida pelo presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf. Isso dispensaria a necessidade de o governo enviar um projeto de lei específico sobre o assunto, como adiantou ao DCI o líder do PT na Câmara dos Deputados, Paulo Teixeira (SP).
Mas, em vez de zerar a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), como propôs o senador, Skaf é favorável à fixação da alíquota interestadual do tributo em 4% nos estados de origem. Na avaliação dele, isso seria o primeiro passo para encerrar a guerra fiscal entre os estados e valeria tanto para os produtos importados quanto para os nacionais. Para Skaf, isso seria o primeiro passo para a reforma tributária pretendida pela presidente Dilma, conforme ela anunciou, na quinta-feira passada, durante reunião do Conselho Político do governo. Dessa forma, os produtos importados passariam a ser taxados e os incentivos concedidos nos portos deixariam de prejudicar a indústria nacional.
No documento "Custos Econômicos e Sociais da Guerra Fiscal do ICMS na Importação", obtido pelo DCI, a Fiesp aponta que a guerra fiscal na importação por meio dos portos estaduais já custou ao país 771 mil empregos e reduziu o crescimento do PIB em R$ 18,9 bilhões, o equivalente a 0,6%. De acordo com a entidade, dez estados praticam esse tipo de aberração fiscal: Santa Catarina, Paraná, Espírito Santo, Sergipe, Alagoas, Maranhão, Pernambuco, Mato Grosso do Sul, Tocantins e Goiás, sendo que nos três últimos estados não há sequer portos marítimos. Mais grave ainda, são os casos de Goiás e Tocantins, que nem têm fronteiras com países vizinhos.
Oito governos e suas respectivas secretarias da Fazenda foram procurados pelo jornal. Apenas a assessoria da Sefaz de Goiás respondeu que prefere aguardar para conhecer o projeto governamental antes de se manifestar.
De modo geral, o mecanismo, adotado por pelo menos 10 estados, "consiste no diferimento ou na postergação do prazo de pagamento do ICMS na importação de determinados produtos para garantir maior movimentação nos portos desses estados e maior arrecadação desse tributo", segundo a Fiesp.
Skaf estará hoje em Brasília em busca de mais informações sobre a Reforma Tributária fatiada que o governo pretende enviar ao Congresso. Segundo o líder do PT, os projetos vão acabar com a guerra fiscal, desonerar a folha de pagamento e fixar as normas dos créditos tributários.
Pauta do Confaz
A proposta do senador Jucá será debatida em 1º de abril, no Rio de Janeiro em reunião do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), órgão que congrega os secretários estaduais da Fazenda. O assunto será levado pelo secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barboza, já que nenhum dos incentivos concedidos pela maioria dos estados teve a aprovação do colegiado.
O autor argumenta que, nas operações interestaduais, o ICMS é dividido entre o Estado de origem e o Estado de destino das mercadorias e serviços. No caso de importação, a simples internalização gera, para o Estado que recebe o produto, arrecadação de ICMS. De acordo com a assessoria dele, a ideia é ampliar o debate. "Com essa medida", sustenta o senador, " a mercadoria de procedência estrangeira com potencial para receber benefício da guerra fiscal em determinado Estado passará a ser transferida ao Estado de destino sem carga de ICMS, praticamente eliminando a possibilidade de concessão de incentivos fiscais para os produtos importados pelo Estado da importação".
Apresentado por Jucá em dezembro de 2010, no final governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do qual ele também era líder no Senado, o projeto tramita na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). Tem como relator o presidente da comissão, Delcídio Amaral (PT-MS), cujo Estado também acusado de cometer o absurdo fiscal.
Na relatoria, Amaral apresentou a emenda ao projeto. Ele defende que sejam excluídas da alíquota zero as "operações com energia elétrica e com combustíveis líquidos ou gasosos, derivados ou não de petróleo da sistemática de alíquota 0%". Segundo ele, o Mato Grosso do Sul arcaria com prejuízos de a proposta for aprovada, em razão do gás importado da Bolívia que vai para outros estados.
Notícias Técnicas
Cashback, Imposto Seletivo, cesta isenta entram gradualmente em vigor
Número de processos sobre o assunto aumentou cerca de 20% em relação ao ano anterior
Os resultados indicam que cerca de 20,6 milhões de famílias estão em extrema pobreza, enquanto o CadÚnico registrava 23,5 milhões em 2024
Tensões geopolíticas, custos crescentes das mudanças climáticas e problemas de dívida não resolvidos colocam os mercados de trabalho sob pressão, afirma a Organização Internacional do Trabalho.
Notícias Empresariais
Mudanças na gestão financeira e contábil para o setor da saúde
Com forte alta na arrecadação e cortes em gastos, Governo Central registra déficit de 0,6% do PIB
Pesquisas serão divulgadas na quinta (16) e na sexta (17), às 10h
A ideia é que possíveis candidatos verifiquem seu grau de qualificação para a função antes de aplicar, reduzindo o número de candidaturas incompatíveis.
Haddad afirmou ainda que o governo vai editar uma MP para garantir que o Pix não será taxado e proibir diferenças de cobrança entre dinheiro vivo e Pix
Notícias Estaduais
No dia 14 de outubro de 2021, a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP)..
A Receita Estadual do Paraná comunica que o Supremo Tribunal Federal declarou que é constitucional a imposição tributária aos contribuintes optantes pelo Simples Nacional da diferença de alíquotas do ICMS pelo Estado de destino por ocasião da entrada de mercadoria em seu território.
Será possível parcelar em até 60 meses débitos de ICMS, com desconto de até 40% em juros e multas
Acesso ao microcrédito, orientação para microempresa e Micro Empreendedor Individual (MEI), cursos, orientação para o protocolo digital de processos de registro de empresas, e manutenção preventiva de equipamentos, fiscalização e legislação. Esses são alguns serviços que constam no convênio firmado entre o Governo do Estado e o Sebrae, nesta sexta-feira (28).
A Receita Federal notificará 1.070 contribuintes no Acre, Amazonas, Amapá, Roraima, Rondônia e Pará para explicar declarações de despesas de alto valor no Imposto de Renda. No Amazonas são 281 contribuintes. A Receita não informou os valores.
Notícias Melhores
Atividade tem por objetivo garantir a perpetuidade das organizações através de planejamento e visão globais e descentralizados
Semana traz prazo para o candidato interpor recursos
Exame de Suficiência 2/2024 está marcado para o dia 24 de novembro, próximo domingo.
Com automação de processos e aumento da eficiência, empresas contábeis ganham agilidade e reduzem custos, apontando para um futuro digitalizado no setor.
Veja as atribuições da profissão e a média salarial para este profissional