Fiscalização do CFC e do CRCDF atua em caso de vagas de concurso público para contador sem exigência de registro
Área do Cliente
Notícia
PlatôBR: 5 pontos para entender os riscos e oportunidades para o Brasil com a guerra comercial
Da ameaça de inundação de produtos chineses à abertura de novos mercados, o Brasil pode ganhar com a chacoalhada mundial desencadeada pela guerra comercial que opõe seus dois maiores parceiros comercias, mas também há ameaças. Governo evita confronto direto e tenta compensar os possíveis prejuízos com abertura de novas frentes de negócio
Donald Trump ainda não completou 100 dias de governo nesta sua segunda passagem pela Casa Branca, mas os 87 até aqui já foram suficientes para deixar o mundo de ponta-cabeça. Nos quatro cantos, lideranças políticas e econômicas tentam mapear estragos e oportunidades ao mesmo tempo que projetam possíveis prejuízos e ganhos. No Brasil, o ritmo da diplomacia gera ansiedade em parte do setor produtivo e agrada a outra. À frente das negociações com o governo americano, a equipe formada por técnicos dos ministérios do Desenvolvimento, Indústria e Comércio e das Relações Exteriores redesenham o mapa comercial para país nos próximos anos, diante, especialmente, do enfrentamento entre os dois maiores parceiros de negócios do Brasil – a China, em primeiro lugar, e os Estados Unidos, em segundo. Em cinco pontos, explicamos onde está o foco de atenção do governo.
Aviação
Uma das armas usadas pela China na guerra comercial com os Estados Unidos atinge diretamente uma das maiores empresas aeroespaciais do mundo, a americana Boeing. Com operações em diversos países, a empresa se destaca desde a fabricação de aeronaves de passageiros à inovação tecnológica para exploração espacial. Como parte da disputa com os americanos, a China determinou a suspensão da compra de peças, equipamentos e aeronaves dos Estados Unidos. Esse é um segmento que, na avaliação de técnicos do governo, o Brasil pode sair ganhando com a ampliação das relações da Embraer com Pequim. De forma sutil, o governo chinês indicou esse caminho ao enfatizar que o Brasil é um país “importante na aviação” e que vê com bons olhos a aproximação das empresas do setor. Em 2023, ao visitar a China, Lula levou consigo o presidente da Embraer, Francisco Gomes Neto, e inclui na agenda dos encontros bilaterais a possibilidade de fechar negócios. Agora, o cenário é ainda mais favorável – e às vésperas de o presidente voltar à China (há viagem programada para maio). Segundo técnicos do governo, essa é uma área que é parte das negociações entre os dois países.
Aço e alumínio
A indústria de aço e alumínio foi a primeira a entrar na mira da fúria tarifária de Donald Trump. A taxação de 25% sobre todas as vendas do mundo para os Estados Unidos não entrou na trégua de 90 dias anunciada na semana passada e que nivelou a sobretaxa cobrada de todos os países em 10%, à exceção da China. “Se a taxa fosse de 10% eu estava pagando feliz”, diz um alto executivo do setor. Os empresários dessa indústria já estiveram com o ministro Fernando Haddad (Fazenda) e com o vice-presidente da República e ministro Geraldo Alckmin (Desenvolvimento, Indústria e Comércio), além do Itamaraty. As conversas seguem com a área técnica do governo, mas o setor produtivo não está satisfeito. A maior reclamação, na verdade, é anterior à guerra tarifária de Trump. Desde o segundo semestre de 2024, eles pedem retaliações aos produtos chineses que, afirmam, estão inundando o mercado brasileiro com preços difíceis de competir. Após as medidas do governante americano, os empresários acham que sofrerão ainda mais se a China redirecionar a sua produção de aço para o Brasil, já que Pequim está com acesso mercado dos Estados Unidos inviabilizado pelo tarifaço. Para executivos do setor, falta agilidade no governo para encontrar uma solução. No entanto, a equipe econômica sabe que retaliar o maior parceiro comercial brasileiro por causa da inundação do aço chinês pode gerar perdas mais fortes em outras áreas.
Terras raras
Dono da terceira maior reserva natural do planeta, o Brasil vende apenas o “concentrado” dos minerais que recebem essa denominação pelas características específicas e diferenciadas que possuem. Eles são muito importantes para várias indústrias, como a siderúrgica, a eletroeletrônica e a automotiva, mas precisam ser processados até chegar aos elementos finais utilizados na produção. Usados em pequenas quantidades, esses minerais ajudam a melhorar propriedades de outros elementos químicos, como magnetismo e resistência. A China, dona da maior reserva mundial (40%), é um dos poucos lugares que processam esse concentrado e responde por 95% da produção mundial de terras raras. Recentemente, Pequim anunciou que vai decidir para quais países o material poderá ser vendido. “Essa decisão é um golpe para a indústria de ponta americana”, diz um técnico do governo brasileiro. A equipe do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio começou a mapear o interesse do setor privado brasileiro em agregar valor ao concentrado produzido aqui. Para empresários do ramo, esse segmento pode entrar nas negociações com os Estados Unidos que, segundo eles, poderiam investir em indústrias de processamento dos concentrados minerais no Brasil para não depender mais dos insumos da China.
Setor automotivo
As tarifas sobre importações impostas pelos Estados Unidos, somadas ao padrão europeu para emissão de carbono, estão colocando a indústria automobilística americana em risco, declarou nesta semana o presidente do conselho de diretores da fabricante Stellantis, John Elkann. O setor é um dos pilares da economia pela quantidade de trabalhadores que emprega. No Brasil, as vendas de veículos novos cresceram 15% em 2024, segundo números da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores). Foi o maior aumento desde 2007 e superou a alta registrada nos 10 principais mercados de carros do mundo: Canadá (+10,5%), México (+9,4%), China (+3,8%), Índia (+3,4%), Estados Unidos (+2,8%), Reino Unido (+2,5%), Alemanha (-0,4%), França (-3%), Japão (-7,2%). No final do ano passado, a Anfavea previa para 2025 um crescimento de apenas 5,8% em função da alta dos juros. No entanto, o furacão Trump trouxe mais incertezas para o setor, que cresceu no primeiro trimestre do ano, mas sentiu impacto da crise internacional com queda nas exportações já no mês de marco. O medo agora é que isso deixe de ser algo pontual para se confirmar como uma tendência do ano, à medida que a guerra comercial se acentua. Como o México está com capacidade ociosa em função do tarifaço americano, o risco é que ele passe a abastecer o Mercosul, com quem tem acordo comercial.
Agro
A guerra comercial desencadeada pelo tarifaço de Donald Trump deve abrir mercado para produtores agrícolas da América do Sul, em especial do Brasil, que concorrem com os americanos em diversos mercados. Respondendo à política protecionista dos Estados Unidos, a China retaliou em produtos como carne bovina, soja, trigo, milho e sorgo, que perderam o acesso ao mercado chinês. O espaço, agora, pode ser ocupado pelo Brasil. Nesta semana, integrantes do governo de Xi Jinping estão em Brasília em conversas com o Ministério da Agricultura. O encontro que já estava agendado em função da cúpula do Brics que ocorrerá em julho, é uma oportunidade para o agro brasileiro. Também está prevista para os próximos dias uma reunião entre os dois países para tratar da abertura do mercado chinês para pescadores brasileiros. Esse segmento reclama depois que o governo zerou a alíquota para a importação de sardinha, numa tentativa de ajudar no controle da inflação. Geraldo Alckmin destacou que “o Brasil tem que estar atento a oportunidades porque neste momento tem muitas, especialmente, no agro”.
Notícias Técnicas
A nova regra entra em vigor no dia 1º de maio de 2025, e formaliza um novo Termo de Adesão, que pode ser firmado por órgãos e entidades que não integram o Poder Executivo Federal
Ação tem o objetivo de viabilizar a realização das reavaliações e das revisões de benefícios previdenciários e assistenciais
Em todo país, pagamento beneficiará 34,2 milhões de pessoas. Calendário vai de 24 de abril a 8 de maio
A Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara dos Deputados debate na quarta-feira (23) uma possível alteração na Lei do Imposto de Renda, visando oferecer o modelo de “splitting familiar”.
Notícias Empresariais
A equipe econômica prevê que 2027 será um ano difícil para o orçamento; fim da exclusão dos precatórios da meta fiscal é um dos principais fatores de pressão
3ª turma entendeu que regra de impenhorabilidade pode ser relativizada diante das circunstâncias do caso concreto
Especialistas ouvidos pelo g1 dizem que chineses já queriam novos mercados antes das tarifas de Donald Trump. Indústria nacional precisa de investimentos pois ainda não consegue competir em termos de tecnologia e produtividade.
Da ameaça de inundação de produtos chineses à abertura de novos mercados, o Brasil pode ganhar com a chacoalhada mundial desencadeada pela guerra comercial que opõe seus dois maiores parceiros comercias, mas também há ameaças. Governo evita confronto direto e tenta compensar os possíveis prejuízos com abertura de novas frentes de negócio
Saiba como funcionam os dias de descanso entre 19 e 21 de abril, quem pode aproveitar e quais são as regras trabalhistas para cada tipo de escala
Notícias Estaduais
No dia 14 de outubro de 2021, a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP)..
A Receita Estadual do Paraná comunica que o Supremo Tribunal Federal declarou que é constitucional a imposição tributária aos contribuintes optantes pelo Simples Nacional da diferença de alíquotas do ICMS pelo Estado de destino por ocasião da entrada de mercadoria em seu território.
Será possível parcelar em até 60 meses débitos de ICMS, com desconto de até 40% em juros e multas
Acesso ao microcrédito, orientação para microempresa e Micro Empreendedor Individual (MEI), cursos, orientação para o protocolo digital de processos de registro de empresas, e manutenção preventiva de equipamentos, fiscalização e legislação. Esses são alguns serviços que constam no convênio firmado entre o Governo do Estado e o Sebrae, nesta sexta-feira (28).
A Receita Federal notificará 1.070 contribuintes no Acre, Amazonas, Amapá, Roraima, Rondônia e Pará para explicar declarações de despesas de alto valor no Imposto de Renda. No Amazonas são 281 contribuintes. A Receita não informou os valores.
Notícias Melhores
Atividade tem por objetivo garantir a perpetuidade das organizações através de planejamento e visão globais e descentralizados
Semana traz prazo para o candidato interpor recursos
Exame de Suficiência 2/2024 está marcado para o dia 24 de novembro, próximo domingo.
Com automação de processos e aumento da eficiência, empresas contábeis ganham agilidade e reduzem custos, apontando para um futuro digitalizado no setor.