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Elevação de tarifas para a China pode causar ‘inundação’ de aço no Brasil, diz CEO da ArcelorMittal
Em entrevista concedida antes das medidas anunciadas pelo governo Trump, executivo falou sobre possíveis impactos de uma eventual taxação mais intensa aos produtos chineses
O CEO da ArcelorMittal no Brasil, Jefferson De Paula, enxerga ‘um problema seríssimo’ na postura protecionista que consiste elevação nas taxas sobre importações de aço e alumínio por parte dos Estados Unidos, citando os efeitos que essa política tende a desencadear – já que a China poderia redirecionar suas exportações para outros países e trazer impactos diretos para a economia brasileira.
A fala faz referência a uma eventual taxação mais intensa aos produtos chineses, que não fora adotada por ora – a Casa Branca se limitou a tarifas de 25% que entram em vigor em março.
O executivo da ArcelorMittal – que é a maior produtora de aço do Brasil, com 42% da produção nacional – explica que uma eventual imposição de tarifas mais pesadas à China poderia gerar impactos globais – e parte do problema estaria atrelado à sobrecapacidade de produção industrial e de aço do país asiático.
“O governo [brasileiro] vai ter que estar atento a isso, porque se houver inundação de produtos industriais e o aço estiver nesse ‘bolo’, com uma importação muito grande ocorrendo tanto no Brasil quanto em outros países, nós vamos receber muitos produtos e isso vai afetar as empresas brasileiras. Nesse cenário, as empresas vão cortar investimentos [no Brasil]”, afirma o CEO da AcelorMittal.
O CEO participou do Dinheiro Entrevista, série do site IstoÉ Dinheiro. A entrevista com o executivo foi gravada em 19 de dezembro, antes de Trump assumir a presidência dos EUA. Procurada para comentar as tarifas anunciadas por Trump para o aço brasileiro, a ArcelorMittal não quis se pronunciar e disse que trata do assunto via Instituto Aço Brasil.
Em nota divulgada nesta terça-feira, 11, o instituto disse que ‘recebeu com surpresa a decisão do governo dos Estados Unidos’ e defendeu as diretrizes do acordo comercial de 2018.
Durante a entrevista, De Paula destacou que a China já vem encontrando dificuldades para colocar o seu aço no mercado global, uma vez que a Europa impôs 25% de imposto de importação e os EUA já haviam colocado uma taxa de 25% desde a época do primeiro mandato de Trump.
“O aço é vendido para a fabricação de produtos industrializados. Se o governo americano impõe 60% de impostos no aço e em produtos industriais, a China vai ter de exportar para outros lugares, tanto o aço quanto os produtos ‘terminados’. Vai ocorrer um problema seríssimo nos outros países que não os Estados Unidos, por conta dessa sobrecapacidade da China”, diz.
O executivo afirma que o Instituto Aço Brasil tem dialogado com o Planalto e colocado a questão como uma das prioridades para a economia doméstica e para as empresas brasileiras produtoras de aço.
Em meados de maio de 2024 o governo firmou uma cota máxima para importação de aço para o Brasil, fazendo com que acima de um determinado volume o imposto suba de 12% para 25%. De Paula disse que essa medida ajudou o setor, mas ‘não resolveu o problema’.
Segundo ele, o volume de importação de aço pelo Brasil cresceu 24% em 2024, após ter saltado 50% em 2023.
“Em 2020 a importação era de cerca de 2 milhões de toneladas de aço. Em 2024 fica próximo de 5 milhões de toneladas. Ou seja, de 2020 a 2024 saltou de 2 milhões para 5 milhões. A situação é muito difícil, o governo sabe e tem conversado com a associação de aço aqui no Brasil. Fizemos um sistema que não está funcionando e estamos conversando para chegar a um novo sistema, que então funcione”, destaca.
EUA são principal destino de aço brasileiro
Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) apontam que os EUA são o principal destino do aço brasileiro que sai do país para exportação.
Um relatório produzido pelo Instituto Aço Brasil, a partir de dados da pasta, apontam que foram enviados aos EUA 5,81 bilhões de quilos do metal, a maior quantidade enviada para um único país em 2024. Essa quantia, em valores financeiros, representa US$ 4,14 bilhões.
Logo em seguida, os maiores destinos são Mercosul (US$ 702 milhões) e União Europeia (US$ 644 milhões). Segundo o relatório do instituto, o Brasil é o maior produtor de aço na América Latina e o sétimo maior no mundo.
Dólar alto não favorece ArcelorMittal
Questionado sobre um eventual impacto positivo de um dólar mais alto, De Paula explica que na verdade, no fim das contas, o câmbio depreciado é ruim até mesmo para as exportadoras.
O executivo detalha que o dólar mais estressado gera um efeito em cadeia que diminui o crescimento econômico e o consumo de uma série de produtos.
“Eu diria que é ruim. É ruim para o país e, por ventura, também para a indústria de aço. Uma empresa que exporta muito, logicamente terá um cenário melhor, mas para a indústria de aço, o mercado interno é o mais importante”, explica.
“O que ocorre é que quando se exporta com real desvalorizado há uma rentabilidade maior, só que o real desvalorizado aumenta inflação, e com isso os juros sobem e o país começa a não crescer. Não crescendo, nós vamos vender menos aço no mercado interno. No final das contas é muito ruim para o Brasil e para empresas de aço que tem como foco o mercado brasileiro”, diz.
Atualmente a empresa direciona 60% da sua produção brasileira para o mercado interno e exporta os demais 40%. Contudo, desses 40%, metade são exportações de semiacabados, que são revendidos em países como Canadá e Estados Unidos.
Olhando para rentabilidade, o mercado interno possui uma fatia ainda maior, representando 80% do faturamento da ArcelorMittal.
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A taxação em 25% sobre as importações de aço decretada por Donald Trump não irá prejudicar igualmente todas as empresas brasileiras. Análise feira pelo Itaú BBA aponta que ao menos uma companhia pode ser beneficiada pela medida: a Gerdau.
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